Golpes de triangulação de contas ou golpes de conta ponte

Este tipo de golpe é difícil de prevenir e detectar, já que, do ponto de vista do vendedor, tudo parece estar ocorrendo normalmente. É importante observar que isso pode acontecer em qualquer tipo de troca peer-to-peer (p2p), não apenas no @lnp2pbot. Consiste em um golpista atuar como intermediário entre a vítima e o vendedor: a vítima envia a moeda fiduciária, e o vendedor recebe, mas entrega os Satoshis (Sats) para o golpista.

O golpista oferece a venda de produtos ou serviços (seja um objeto de segunda mão ou até mesmo o desbloqueio de iPhones) em qualquer rede social ou plataforma especializada em compras e vendas. Quando a vítima entra em contato, o golpista solicita um pagamento antecipado. Simultaneamente, o golpista publica uma oferta de compra de Sats no @lnp2pbot (ou em outra troca p2p) por uma quantia equivalente à moeda fiduciária que planeja golpear (às vezes oferece um prêmio alto para torná-la mais atrativa). Quando o golpista encontra um vendedor de Sats e solicita seus dados para enviar a moeda fiduciária, ele fornece esses dados à vítima para receber o pagamento antecipado mencionado anteriormente. Assim que a moeda fiduciária da vítima chega ao vendedor de Sats, este pressiona o comando /release, liberando os bitcoins para o golpista, que desaparece sem cumprir o serviço ou venda prometida à vítima.

É importante destacar que o vendedor de Sats é outra vítima nessa triangulação, já que ele interage apenas com o golpista sem saber da existência de uma terceira pessoa na troca. Ele assume que a moeda fiduciária recebida foi enviada diretamente pelo comprador de seus Sats. No entanto, ele pode ser acusado de golpe quando suas informações bancárias são entregues às autoridades em uma denúncia pelo pagamento de um serviço ou produto não recebido. É recomendável não apagar o histórico do bot ou as conversas com seus compradores de Sats, ou fazer um backup, já que esses registros podem ser necessários como prova caso seja preciso demonstrar que ninguém foi golpeado.

Alguns golpistas podem até solicitar informações pessoais adicionais aos vendedores para compartilhá-las com as vítimas diretas das triangulações, a fim de gerar mais confiança. Por isso, é recomendável não fornecer informações pessoais como números de telefone, nomes completos ou endereços, a menos que sejam essenciais para o método de pagamento utilizado.